Principais Autores

 Pero Vaz de Caminha (1450-1500)

 

 

 

 Pero Vaz de Caminha

Escritor português,nasceu em Porto, Portugal, em 1450. Faleceu em 15 de dezembro de 1500, em Calecute, Índia. Trabalhou como escrivão da armada do navegador Pedro Álvares Cabral.Sua família era descendente de antigos povoadores de Neiva, pertencente ao reinado de D.Fernando. Pero Vaz de Caminha trabalhou como cavaleiro das casas de D. Afonso V, de D.João II e de D. Manuel I.

Desenvolveu os conhecimentos em escrita para elevar-se de posto, após ter participado da batalha de Toro em março de 1475, no ano seguinte passou a ocupar o cargo de mestre da Balança da Moeda, antes ocupada pelo seu pai.                                                                                                                                          

Em 1497, fora selecionado para redigir os capítulos da Câmara Municipal do Porto. Em 1500, tornou-se escrivão da feitoria de Calecute. Pero Vaz de Caminha é autor da célebre carta do Descobrimento do Brasil, datada em 1° de maio, que serviu como testemunho e registro histórico da nau capitânia da armada de Cabral.

 
Obras:

Caminha não era escritor; o que o tornou famoso em nossa história é um relatório que ele redigiu para o rei portugues, informando o descobrimento de novas terras, o Brasil; a famosa carta só foi redescoberta nos arquivos portugueses em 1773; quando houve a comemoração dos 500 anos do descobrimento, no ano 2000, ele esteve em exposição no Brasil.

                                                                                                                                                         

Padre José de Anchieta

Padre Anchieta teve grande importância na ação evangelizadora dos jesuítas no Brasil.

 

Uma vida direcionada para o ensino e o sacerdócio. É assim que podemos resumir a trajetória do Padre José de Anchieta, nascido no dia 19 de março de 1534, na cidade Tenerife, nas Ilhas Canárias. Tendo em sua origem a ascendência nobre pela parte do pai e judaica pelo lado materno, Anchieta foi levado para Portugal para que tivesse formação intelectual e não sofresse as bem mais intensas perseguições do Tribunal do Santo Ofício instalado em terras espanholas.

A sua ida para os domínios lusitanos aconteceu quando tinha 14 anos idade, mesma época em que estudou filosofia no Colégio das Artes pertencente à Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, ingressou na Companhia de Jesus para dessa forma participar no processo de expansão do cristianismo em terras americanas. Ao ingressar nesse “exército da fé”, exerceu inicialmente a tarefa de celebrar várias missas ao longo de um mesmo dia.

Sua vida agitada e a entrega total ao afazeres religiosos comprometeram a sua saúde, reclamava constantemente de dores na coluna e nas articulações. Obedecendo ao conselho dos médicos da época, Padre Anchieta veio para o Brasil acompanhando a esquadra que trouxe o governador-geral Duarte da Costa, em 1553. Já no primeiro ano instalado no ambiente colonial, o devotado clérigo participou da fundação do primeiro colégio de São Paulo de Piratininga.

Outra interessante ação tomada por Padre Anchieta ao chegar às terras brasileiras está relacionada ao seu interesse em conhecer mais profundamente a língua dos nativos. Com o auxílio do Padre Auspicueta, aprendeu os primeiros termos e expressões do “abanheenga”, língua compartilhada por índios tupis e guaranis. Em pouco tempo, percebeu que as línguas faladas por várias tribos tinham uma mesma raiz formada por aspectos semânticos, gramaticais e vocabulares em comum.

Seu interesse pelas letras também se manifestou na produção de uma extensa obra que incluía a elaboração de poesias, sermões, cartas, peças teatrais religiosas e a produção de uma gramática intitulada “Arte de Gramática da Língua Mais usada na Costa do Brasil”. Essa preocupação com a língua era de essencial importância para a consolidação do projeto evangelizador dos jesuítas, sendo que textos e apresentações artísticas eram produzidos na língua nativa como forma de facilitar a conversão ao cristianismo.

Durante o período em que viveu em terras brasileiras, Anchieta andou bastante pelas regiões que hoje correspondem aos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. No ano de 1567, Anchieta alcançou o cargo de Provincial, o mais alto posto da Ordem de Jesus, que havia sido desocupado após a morte do Padre Manuel da Nóbrega. A partir de então, o Padre José de Anchieta andou por toda extensão do território colonial orientando as atividades das várias missões jesuítas espalhadas pelo Brasil.

José de Anchieta faleceu em 9 de junho de 1597, na cidade Reritiba, situada na capitania do Espírito Santo. Em razão de seus trabalhos prestados em favor da expansão do cristianismo nas Américas, este clérigo ficou conhecido como “apóstolo do Novo Mundo” e “curador de almas e corpos”. Em 1980, foi beatificado pelo Papa João Paulo II após o desenrolar de um lento processo de investigação. Segundo os autos, Anchieta havia operado o “milagre” de converter três pessoas ao cristianismo em um mesmo dia.

 
Principais obras:

 

- "Poema à Virgem"
- "Os feitos de Mem de Sá"
- "Arte e Gramática da língua mais usada na costa do Brasil"
- "A Cartilha dos Nativos" (Gramática tupi-guarani)
- "Carta da Companhia"

 

 

Padre Manuel da Nóbrega (1517-1570)

Jesuíta português nascido em Entre-Douro-e-Minho, Portugal, chefe da primeira missão jesuítica à América, cujas cartas que enviava para sua ordem servem como documentos históricos sobre o Brasil colonial e a ação jesuítica no século XVI. Estudou nas Universidades de Salamanca e Coimbra, bacharelado-se em direito canônico e filosofia pela Universidade de Coimbra (1541). Ordenado pela Companhia de Jesus (1544), embarcou na armada de Tomé de Sousa (1549), de quem foi amigo e conselheiro, como também o foi de Mem de Sá, a serviço da coroa portuguesa, com a missão de dedicar-se à catequese dos índios na colonização do Brasil. Participou da fundação de Salvador e do Rio de Janeiro e também na luta contra os franceses como conselheiro de Mem de Sá.

Na posse portuguesa sobre o novo continente seu maior mérito, além de constantes viagens por toda a costa, de São Vicente a Pernambuco, foi o de estimular a conquista do interior, ultrapassando e penetrando além da serra do Mar. Foi o primeiro a dar o exemplo, ao subir ao planalto de Piratininga, para fundar o Colégio São Paulo que daria origem à cidade de São Paulo. Juntou-se (1563) a Anchieta e iniciaram o trabalho de pacificação dos tamoios, que retiraram seu apoio aos invasores franceses, sendo estes finalmente derrotados.

Estácio de Sá, encarregado de fundar uma cidade, São Sebastião do Rio de Janeiro, construiu um colégio de jesuítas, do qual ele participou na fundação. Morreu na cidade do Rio de Janeiro em 18 de outubro ( 1570). Entre seus escritos mais valiosos estão Diálogos sobre a conversão do gentio (1554), primeira obra em prosa da literatura brasileira, e Cartas do Brasil (1549-1570).
 

Obras:

Cartas do Brasil (1931)
Diálogos sobre a Conversão do Gentio (1954)
Novas Cartas Jesuítas (1957)